terça-feira, 9 de março de 2010

Madrugada, sentimentos e café...

Quando você me olhou pela primeira vez foi tudo de um jeito só
Quando me abraçou e me beijou senti o cheiro da flor
Da flor que o beija flor beijou
O qual voou e te levou pra longe e não te deixou
O que se foi feito quando senti aquele aperto no peito
O que fazer quando nossa mágica vai e vem
O brilho do nosso olhar se confundia com o luar
E quando vejo que ele está se apagando o que eu devo fazer
Talvez eu ache que estejamos adiando o inevitável
Propagando todo o tempo que for necessário
Para que seja mudado todo o nosso mundo
Que aos poucos se viu de ponta cabeça e de certa forma foi necessário
Das lembranças escritas em papel deixadas em meu criado mudo
Que de mudo deixou de ser e lamentou todas as dores
De que um dia viria o beija flor trazer aquilo que faltou
E que depois beijaria todas as flores do meu quintal
Quando meu criado mudo apenas diz não acomodar com o que incomoda
Tudo gira conforme meu ventilador
Que com ele espalha o perfume, a dor e a saudade
Do abraço e do beijo com seu perfume de flor
Pra onde você a levou meu pequeno beija flor
Pra onde levou toda nossa história
Porque escondeu de mim toda a lembrança e todo o perfume
A última página do inevitável ficou no meu criado mudo
Que de mudo ficou surdo e o surdo mudo me deixou cego
Não consigo mais ver onde fui parar
Aonde deixei toda história que escrevi sobre nós
Toda a lembrança que tenho sobre nós é o perfume do abraço e beijo
Que com cheiro de flor o beija flor levou e sem jeito meu criado ficou mudo
Sem palavras fico e apenas com o olhar do luar
Choro sem parar até meu beija flor voltar
E trazer de volta o olhar pra fazer tudo ficar de um jeito só

Um comentário:

Lívia Maria Lima disse...

Que texto mais sensível, gostei muito.;D